Uma realidade paradoxal que exige soluções jurídicas estruturadas
O agronegócio brasileiro caminha em 2025 com uma contradição alarmante: embora a estimativa seja de uma safra histórica — projetada em 336,1 milhões de toneladas, um avanço de 13% — o endividamento do setor rural segue em escalada, com crescentes pedidos de recuperação judicial. Isso evidencia o tamanho da crise financeira enfrentada pelos produtores, mesmo diante de resultados produtivos impressionantes.
Indicadores em alta e motivos preocupantes
Segundo dados da Serasa Experian, os pedidos de recuperação judicial no setor agropecuário atingiram 1.272 em 2024, contra 534 em 2023 — um salto de 138%. No primeiro trimestre de 2025, foram 389 solicitações, com aumento de 21,5% em relação ao quarto trimestre de 2024 e de 44,6% em comparação ao mesmo período do ano anterior.
Produtores pessoa física lideram os pedidos — 195 casos no trimestre, alta de 39,2% em relação ao período anterior. Especialistas atribuem esse cenário a uma combinação explosiva: juros elevados (alguns chegando a 25% ao ano), queda abrupta nos preços das commodities e aumento dos custos com insumos.
O que especialistas dizem sobre o momento atual
Marcelo Pimenta, head de agronegócio da Serasa Experian, analisa:
“A alta nos pedidos de recuperação judicial reflete um momento financeiro mais desafiador, influenciado por oscilações nos preços das commodities e por uma oferta de crédito mais criteriosa… muitos produtores enfrentam custos altos, prazos longos para receber… garantias exigidas e dificuldades na rolagem de dívidas pressionam o caixa.”
Já Euclides Ribeiro Silva, advogado especialista em recuperação judicial do agronegócio, destaca:
“Com juros a 25% ao ano não tem quem produza. … A recuperação judicial tornou-se a única saída para muitos.”
Consequências estruturais e riscos para o setor
A recuperação judicial, vista como último recurso, não deve ser encarada como falha de gestão — ao contrário. Trata-se de instrumento previsto em lei para reorganizar o produtor em momentos de ruptura econômica. No entanto, seu uso massivo gera impactos sistêmicos, como retração do crédito, aumento de juros e perda de confiança por parte dos credores.
A inadimplência rural já aponta 7,9% entre produtores pessoa física no primeiro trimestre de 2025. Esse número sugere que, sem mudanças estruturais, o risco de uma crise financeira mais ampla se intensifica.
O papel estratégico da assessoria jurídica especializada
Neste cenário desafiador, a atuação de um advogado com expertise no direito do agronegócio fica ainda mais crucial. É preciso oferecer ao produtor:
Conclusão
A combinação entre safra recorde e aumento expressivo nas recuperações judiciais evidencia que produtividade não resolve crise financeira — especialmente quando o acesso ao crédito oficial é restrito, as taxas são altas e os custos operacionais seguem pressionados.
A atuação preventiva e estratégica de um advogado como o Dr. Fabiano Ferrari Magalhães, com sólida formação em direito processual civil, gestão fiscal e tributário, é essencial para promover resiliência no campo. Chegou a hora de antecipar riscos, renegociar com risco e garantir a sustentabilidade operacional do produtor rural.
Fontes:
PUJANTESerasa Experian+10Portal do Agronegócio+10Valorize Administração Judicial+10
Serasa Experian+13Gazeta do Povo+13PUJANTE+13
CNN Brasil+7CNN Brasil+7Money Times+7
Portal da Câmara dos Deputados+14CNN Brasil+14CNN Brasil+14
Poder360+13CNN Brasil+13Serasa Experian+13
Valorize Administração JudicialPoder360
Portal da Câmara dos Deputados+15Brasilagro+15Valorize Administração Judicial+15